segunda-feira, 11 de abril de 2011

Documento

Documento resultante da reunião realizada durante o I Encontro de Pesquisadores de Quilombolas Kalunga. A finalidade deste documento é
direcionar as ações e as idéias que foram expostas durante o evento, assim podemos nos organizar e trabalhar em equipe. 

ENCAMINHAMENTO DOS DEBATES DO I ENCONTRO DE PESQUISADORES
DE QUILOMBOLAS KALUNGA

24 E 25 DE MARÇO – IESA-UFG

Os dois dias deste Encontro permitiram o conhecimento, a identificação e a manifestada vontade de continuarmos concebendo a nossa ação de pesquisadores como uma possibilidade de contribuição para levar a uma valorização, visibilidade e melhorias das condições de vida para os Kalunga.
A síntese que apresentamos é para continuarmos nossos debates. Tentamos
destacar aqueles pontos constatados no conjunto das apresentações que
identificam-se com nossas atividades de pesquisadores.
De vinte três trabalhos apresentados, onze são de extensão e os demais são
projetos de pesquisa. A maioria dos projetos apresentou interdisciplinaridade.

Impactos para os Kalunga destas ações:

Maioria dos trabalhos principia a partir de 2000. A partir do ano 2007, há maior concentração de projetos com os Kalunga.
Os projetos que demandam mais tempo, em amadurecimento e em outras ações que se desdobram,em 3 anos não temos ainda como avaliar o impacto da presença da universidade. Ou seja, se ela tem sido eficaz.

Entraves:

• Os entraves são, sobretudo, políticos e refletem na atuação do pesquisador, uma vez que a comunidade vê no pesquisador uma competência política para a solução de seus problemas. 
• A dependência de outros atores sociais e políticos dificulta a eficácia dos projetos e na liberação de recursos.
• A mobilidade por falta de transportes, de recursos na infraestrutura e de acesso.
• A implementação de pesquisas e ações extensionistas esbarram em problemas de água, de acesso e de energia no sítio e da falta de articulação com as lideranças locais.
• Falta de comunicação entre os próprios pesquisadores: muito conhecimento produzido, porém não é compartilhado entre os pesquisadores.
• Os órgãos públicos não são considerados como fontes eficazes para consultas e pesquisas para os acadêmicos.
• Há pesquisas semelhantes que tangenciam e sobrepõem informações na área cultural e do turismo levando ao saturamento de demandas idênticas para a comunidade.
• O pesquisador, por não conseguir dar retorno imediato ás expectativas da comunidade torna-se desacreditados pelo Kalunga.
• Os resultados das pesquisas não têm repercussões nas políticas públicas.
• Ausência de acesso às políticas sociais (educação, terra, saúde, juventude) para a sustentabilidade das ações desenvolvidas.


A refletir
As principais pesquisas e ações que têm visibilidade externa são realizadas por OSCIPS e ONGs que têm maior facilidade para a obtenção de recursos financeiros, mas as ações e recursos nem sempre chegam às comunidades. Nessas OSCIPS e ONGs, poucos pesquisadores acadêmicos estão envolvidos.

• Território de Cidadania ainda não tem a visibilidade necessária entre os
pesquisadores para agregar ações.

Aspectos Positivos:
• Melhor conhecimento do sítio com suas localidades, suas debilidades e suas
fortalezas. E, este conhecimento não decorre exclusivamente das ações
universitárias.

• Há parceiros: prefeituras e Associações bastante interessados.

Propostas e Recomendações de continuidade
• Realização de um encontro dos pesquisadores Kalunga na própria comunidade.

• Criação de uma Comissão de Pesquisadores Kalunga para viabilizar a rede, a troca de informações e definir ações.

• Que a linguagem acadêmica se torne acessível aos Kalunga por meio de
material escrito e audiovisuais, possibilitando a socialização do conhecimento
acadêmico.

• Incentivar ações que permitam a facilidade de dialogo entre as lideranças das comunidades.

• As ações da Universidade devem ser no sentido de estimular ao associativismo e ao cooperativismo e a melhoria de educação como verdadeira forma de inclusão.

• Que os diversos projetos da Universidade Federal de Goiás se unifiquem para o devido registro junto aos órgãos competentes como: MMA-IBAMA para obtenção do termo de anuência prévia, e o conselho de ética da Universidade.

• Que a Universidade seja uma parceira na obtenção de registros dos patrimônios materiais e imateriais por parte dos Kalunga 

• Que o próximo evento seja para a discussão das políticas sociais.

Foi definida, durante o evento, a formação do Grupo de pesquisadores sobre os Kalunga e a indicação feita para o grupo deu a seguinte composição:

Francisco Hudson Lustosa – hudsonlustosa@yahoo.com.br
(62) 3209-6216/8192-3217 UFG, Faculdade de Educação

Lucilene dos Santos – lucilelecalunga@gmail.com 
(62) 96229164 3494-1131 Representante Kalunga Cavalcante

Maria Clorinda Soares – mariaclorinda@gmail.com/clorinda@vet.ufg.br (62)99750095/ 3521-1598 UFG, Faculdade de Veterinária

Maria Geralda de Almeida – mgdealmeida@gmail.com
(62)3521-1184 R:228 UFG/IESA, Geografia

Maria Tereza Gomes – mterezags@yahoo.com.br
(62)3531-3331/9975-0101 UFG/FAV, Faculdade de Artes

Mariana Cunha Pereira – mcunhap@yahoo.com.br
(62) 3209-6216 UFG, Faculdade de Educação - indicada como Coordenadora do grupo

Tânia Ferreira de Torres – coordenadoratccv@gmail.com
(62)9964-0034 Territórios da cidadania

Veruscka Prado Alexandre – veruska.prado@gmail.com
(62)8139-6910/ 3209-6270 R: 210 UFG, Faculdade de Nutrição

Reunião realizada nos dias 24 e 25 de março com a finalidade de estabelecer uma rede de pesquisadores sobre os quilombolas Kalunga

Relatoras: Jorgeanny de Fátima Rodrigues Moreira, Lara Cristine Gomes Ferreira, Maria Geralda de Almeida.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Mapa do Campus II

PROGRAMAÇÃO 25/03/2011


Horário
Programação do dia 25 de março
8h00
Abertura
Etnobotânica do Cerrado e Desenvolvimento Sustentável
8h30
Karin F. S. Collier e equipe  - Plantas usadas pela comunidade Kalunga do Quilombo do engenho de dentro II em Cavalcante – GO para higiene, prevenção e tratamento de afecções odontológicas
8h45
Natália P. Massarotto - Diversidade e uso de Plantas medicinais por comunidades Quilombolas Kalunga e urbanas, no nordeste do estado (Goiás)
9h00
Gabriela Magalhães; Felipe Borges e Thiago Borges - Projeto de educação agroecologica na comunidade Kalunga do vão do moleque
9h15
Maria Geralda de Almeida; Mara Reis e equipe - Troca de saberes no Cerrado: ecologia, valorização dos quintais, segurança alimentar e cidadania nas comunidades Kalunga em Teresina de Goiás
9h30
Elen Pacheco - Projeto Segurança Alimentar e Nutricional: Conservação, Produção e Aproveitamento Sustentável das frutas nativas do bioma cerrado, para os quilombolas do sítio histórico e patrimônio cultural kalunga
9h45
Debate
10h15
Intervalo
Educação e Formação Kalunga
10h45
Custodia Wolney - Eu Kalunga
11h00
Francisco Hudson da C. Lustosa e Mariana C. Pereira - Pesquisa sobre Educação Quilombola em Comunidades Quilombolas Kalunga
11h15
Erika M. Moreira - Perfil Sócio–Jurídico das Comunidades de Remanescentes de Quilombo da Região da Cidade de Goiás
11h30
Kênia G. Costa e Alex Ratts - Território Kalunga: Implementação da lei 10639/03
11h45
Maria Tereza Gomes- Jirau de saberes uma ação artística em comunidade
12h00
Debate
12h30
Almoço

Etnobotânica do Cerrado e Desenvolvimento Sustentável
14h00
Ana Cláudia G. R. Neiva e equipe - Caracterização Socioeconômica de Famílias do Quilombo Kalunga de Cavalcante, Goiás - Brasil, participantes do projeto de reintrodução do gado curraleiro
14h15
Wilma M. Amorim – A terra para os Kalunga: Uma questão conflituosa
14h30
Ana Cláudia G. R. Neiva; José Robson B. Sereno; Maria Clorinda S. Fioravanti - Indicação Geográfica como estratégia de conservação e agregação de valor ao gado curraleiro da comunidade kalunga de Cavalcante, Goiás, Brasil
14h45
Maria Clorinda S. Fioravanti e equipe - Reintrodução do Gado Curraleiro na comunidade quilombola Kalunga de Cavalcante, Goiás, Brasil
15h30
Debate
16h00
Relatos: Jorgeanny de Fátima R. Moreira, Maria Geralda de Almeida e Wilma M. Amorim
16h30
Encerramento

terça-feira, 22 de março de 2011

PROGRAMAÇÃO 24/03/2011

Horário
Programação do dia 24 de março
8h00
Abertura
Cultura Kalunga
8h40
José Rosa - Projeto Fotolata – A luz Kalunga na lata.
8h45
Thaís A. Marinho - A etnização kalunga: práticas, nexos e identidade
9h00
Tania Rezende - Discurso e identidade étnico-cultural em Goiás
9h15
Thaís T. Siqueira - Mémoria e transformações sociais entre os Kalungas de Terresina de Goiás – GO
9h30
Gabriel O.  Alvarez e Henrique Aguiar Borela – Tradição cultural e performance em comunidades Kalunga de Goiás
9h45
Debate
10h15
Intervalo
Saúde e Qualidade de Vida
10h30
R.C.I.C. Rank e equipe - Alterações funcionais e más oclusões em Crianças da comunidade kalunga do município de cavalcante de Goiás
10h45
Danielly B. Lopes e Leonardo F. Caixeta - Prevalência de alteraçoes cognitivas em idosos da comunidade Quilombola Kalunga – Estudo piloto
11h00
Maria Clorinda S. Fioravanti e Elias de P. Monteiro - Reintrodução do bovino curraleiro, produção familiar, agronegócio e desenvolvimento local sustentável em área remanescente de quilombo: um estudo de caso na comunidade Kalunga
11h15
Estelamaris T. Monego e equipe - Alimentação, saúde e qualidade de vida de escolares Quilombolas
11h30
Debate
12h00
Almoço
Cultura Kalunga
14h00
Reigler S. Pedroza - Performances corporais na Folia de Reis de São Sebastião : um ritual da comunidade Quilomba Malgalhães
14h15
Fernando Antonio A. Lana – Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga
14h25
Paola Camargo - A comunidade remanescente de Quilombola Kalunga e sua relação com a água como exemplo para sociedade dominante
14h40
Maria Geralda de Almeida; Ronan E. Borges; Lara Cristine G. Ferreira e equipe - Conhecimento popular e valorização das práticas socioculturais
15h55
Jorgeanny de Fátima – Território Kalunga: Saberes Tradicionais, territorialidades e paisagens culturais na comunidade do Engenho II
15h10
Debate
15h45
Intervalo - Coffe Break
Representações espaciais: Políticas e Turismo
16h00
Hugo Leonardo A. Sirico - Análise do turismo e seus impactos socioculturais na comunidade Kalunga
16h15
Rangel D. Franco e Maria Cristina Vidotte - Regularização dos territórios quilombolas: uma análise a partir da teoria da interpretação constitucional
16h30
Karla Teixeira - Comunidade quilombola rural de Cavalcante – GO. Configuração da cultura negra Kalunga através dos usos da paisagem de Cerrado
16h45
Vinicius G. Aguiar - Representação espacial do sítio histórico Kalunga em Goiás
17h00
Silviene F. de Oliveira  equipe - Caracterização genética e demográfica de remanescentes de Quilombos brasileiros : a experiência com a comunidade Kalunga
17h15
Debate
17h45
Encerramento